Fevereiro | Assassínio do dirigente nacionalista congolês Patrice Lumumba, facto que precipitou a guerra civil
CRONOLOGIA DA GUERRA NO ULTRAMAR - DE 1961 A 1974
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A Guerra em Angola, Moçambique e Guiné.
1961
Membros da Juventude da UPA, em treino com arma. Angola, 1961 |
Fevereiro
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4 | Revolta em Luanda, com ataques à Casa de Reclusão, ao quartel da PSP e à Emissora Oficial de Angola, acção considerada como o início da luta armada em Angola |
7
| Primeira aterragem na pista do Negaje, em Angola. Esta data passou a ser o Dia da Unidade do AB3 |
17 | Chegada a Lisboa do paquete Santa Maria |
20 | Pedido de uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para apreciação do caso de Angola, apresentado pela Libéria |
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Março
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| Carta do general Botelho Moniz a Salazar, em que manifesta preocupação pela condução da política ultramarina |
| Início dos planos Centauro Grande e Marfim Negro, com vista à remodelação do dispositivo das forças portuguesas em Angola, com a companhia como unidade-base da contra guerrilha |
4 | Informação dos Estados Unidos ao Ministério da Defesa sobre a decisão da UPA em provocar incidentes violentos em Angola na noite de 15 de Março, informação menosprezada pelo comando militar de Angola |
6 | Encontro entre o ministro da Defesa, general Botelho Moniz, e o embaixador americano, Elbrick, que, segundo instruções do seu Governo, pressiona a alteração da política portuguesa em África, posição que o embaixador transmitiu a Salazar no dia seguinte |
10 | Inscrição na ordem do dia, pelo Conselho da ONU, da questão de Angola |
| Início do debate pelo Conselho de Segurança do pedido apresentado pela Libéria sobre o caso de Angola, que foi rejeitado |
15 |
Partida de Lisboa de quatro companhias de caçadores para reforço da guarnição de Angola
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| Início de uma rebelião dirigida pela UPA, no Norte de Angola, contra os colonos portugueses e algumas populações negras, causando centenas de vítimas |
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Moção do Conselho de Segurança da ONU a condenar a situação em Angola, votada pelos Estados Unidos e União Soviética, o que acontece pela primeira vez
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16 | Ataques dos elementos sublevados do Norte de Angola a algumas povoações, como Carmona, Aldeia Viçosa e Bessa Monteiro |
| Chegada a Luanda da primeira companhia de pára-quedistas |
| Telegrama das associações económicas de Angola ao Governo central, a pedir providências |
17 |
Primeiro comunicado oficial sobre os acontecimentos do Norte de Angola
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18
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Início da actuação da Força Aérea no Norte de Angola
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21 | Chegada, a Luanda, do almirante Lopes Alves, ministro do Ultramar |
| Evacuação de mais de 3500 portugueses residentes no Norte de Angola para Luanda, através de ponte aérea |
23 | Início da Conferência dos Povos Africanos, no Cairo, em que foi aprovada uma resolução política respeitante aos territórios portugueses |
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Portugal abandona os trabalhos da Assembleia Geral da ONU, em protesto pelo facto de ter sido aceite a discussão da situação em Angola
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24 | Aprovação do decreto para a condução da política de defesa nas províncias ultramarinas |
25 |
Carta do ministro da Defesa, general Botelho Moniz, a Salazar, em que preconizava «imediatas reformas no plano interno»
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27 |
Reunião dos altos comandos militares, presidida pelo ministro da Defesa, onde se coloca a hipótese de substituição do Governo
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| Manifestação contra a política norte-americana, em Lisboa |
28 | Constituição, em Angola, do primeiro corpo de voluntários civis |
30 | Decreto que dá aos governadores--gerais o encargo da política de defesa de cada colónia |
31 | Anunciada a prisão do cónego Manuel Mendes das Neves, por apoio aos movimentos de libertação de Angola |
| Criação de um corpo de voluntários civis, para actuação no Norte de Angola |
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Abril
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| Autorização do financiamento secreto a Holden Roberto e à UPA por parte do National Security Council Special Group (EUA) |
1 |
Decreto da organização da Defesa Civil do Território, com criação nas colónias de uma comissão de coordenação de defesa civil
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2 | Emboscada, em Cólua, a uma coluna militar portuguesa, sendo mortos nove militares, dos quais dois oficiais, capitão Castelo da Silva e tenente Prazeres |
4 | Aprovação de uma moção a favor da autodeterminação de Angola pela Assembleia Geral da ONU |
8 | Primeira referência pública de Salazar à questão de Angola durante uma recepção aos agricultores do Baixo Mondego |
10 | Ataque à povoação de Úcua, na estrada Luanda-Carmona, com o massacre de 13 brancos |
10 |
Primeiro ataque a trabalhadores bailundos de uma fazenda na área do Quitexe
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11 | Ataque a uma patrulha portuguesa próximo de Tando Zinge, Cabinda |
12 | Ataque à povoação de Lucunga, com massacre da maior parte dos seus habitantes brancos |
13 | Ataque de guerrilheiros provenientes do Congo-Brazzaville a Bucanzau, em Cabinda |
| Tentativa de golpe de Estado dirigido pelo general Botelho Moniz, que leva à demissão dos mais altos chefes militares |
| Remodelação governamental, assumindo Salazar a pasta da Defesa em substituição de Botelho Moniz, Mário Silva substitui Almeida Fernandes, no Exército, e Adriano Moreira substitui Vasco Lopes Alves, no Ultramar |
14 | Beleza Ferraz, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, é substituído por Gomes de Araújo |
| Declaração de Salazar na tomada de posse dos novos membros do Governo: «A explicação é Angola, andar rapidamente e em força é o objectivo que vai por à prova a nossa capacidade de decisão» |
15 | Reunião do primeiro Conselho Superior Militar, presidido por Salazar, para tratar do envio de reforços militares para Angola |
| Carta do coronel Costa Gomes ao Diário Popular afirmando que o problema africano não era fundamentalmente militar |
18 | Partida dos primeiros contingentes militares, para Angola, formados por pára-quedistas, por via aérea |
| Assembleia constituinte da CONCP (Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas), em Casablanca, em substituição da FRAIN |
20 | Aprovação, pela Assembleia Geral da ONU, da Resolução 1603 (XV), incitando o Governo português a promover urgentes reformas para cumprimento da Declaração Anticolonialista, tendo em devida conta os direitos humanos e as liberdades fundamentais |
| Instituição, pela Assembleia Geral da ONU, de um Sub comité dos Cinco, a fim de investigar a situação relacionada com os acontecimentos em Angola |
21 | Partida dos primeiros contingentes militares para Angola (via marítima) |
23 | Partida de uma companhia de legionários para Angola |
24 |
Revogação do Estatuto de Trabalho Indígena Rural (Decreto-Lei 44 309)
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28 | Criação do Movimento Nacional Feminino |
30 | Fim do cerco à povoação de Mucaba, depois da intervenção da Força Aérea |
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Maio
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1 | Chegada a Luanda dos primeiros contingentes transportados por via marítima |
2 | Ataque a Sanza Pombo e novos ataques a Mucaba e à Damba, no Norte de Angola |
| Decreto de suspensão da obrigação do cultivo do algodão |
4 | Franco Nogueira substitui Marcelo Matias no Ministério dos Negócios Estrangeiros |
| Ataque ao Songo, a norte de Carmona |
6 | Ataque a São Salvador do Congo |
8 | Criação dos batalhões de Caçadores Pára-Quedistas n ° 21 (BCP 21), em Angola, e n.°- 31 (BCP 31), em Moçambique (Beira) |
| Ataques a Sanza Pombo, úcua, Santa Cruz, Macocola e Bungo, com utilização de novas armas |
21 | Ataque frustrado ao nó de comunicações do Toto, a sul de Bembe |
24 | Ataque a Quimbele durante treze horas consecutivas |
| Ataque ao posto de Porto Rico, próximo de Santo António do Zaire, com utilização de armas automáticas |
26 | Pedido de convocação urgente do Conselho de Segurança do ONU, por mais de 40 países afro-asiáticos, em face do agravamento da situação em Angola |
31 | Chegada do Batalhão de Caçadores 88 à Damba |
| Posse do almirante Sarmento Rodrigues do cargo de governador-geral e comandante-chefe de Moçambique |
| Separação da União Sul-Africana da Commonwealth, tomando a designação de República da África do Sul |
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Junho
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2 | Ataques a várias fazendas em torno de Carmona, Negaje e Ambriz |
| Fuga de Portugal para o estrangeiro de estudantes ultramarinos, muitos dos quais virão a desempenhar papel importante na luta nacionalista |
4 | Nomeação de Venâncio Deslandes para os cargos de governador-geral e comandante-chefe de Angola |
8 | Primeiro avião da Força Aérea desaparecido em Angola, com três tripulantes a bordo |
9 | Aprovação, pelo Conselho de Segurança do ONU de uma resolução deplorando profundamente os massacres e demais medidas de repressão da população angolana, podendo comprometer a persistência desta situação a manutenção da paz e segurança internacionais |
14 | Reocupação do Tomboco por uma força da Marinha |
17 | Posse, em Lisboa, do cargo de governador-geral de Angola do general Venâncio Deslandes |
19 | Ataque dos guerrilheiros da UFA à vila de Ambriz, com utilização de armas automáticas |
22 | Criação da Secretaria de Estado de Aeronáutica, que substitui a Subsecretaria de Estado, mantendo como titular KaúIza de Arriaga, que desempenhara um papel importante na denúncia do golpe Botelho Moniz |
24 | Reocupação de Cuimba, a este de São Salvador do Congo |
27 | Visita a Lisboa, para conversações com o Governo, de Dean Rusk, secretário de Estado norte-americano |
30 | Primeiro comunicado oficial das Forças Armadas, referindo a morte de 50 militares entre 4 de Fevereiro e 30 de Junho em Angola |
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Julho
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| Operações do Exército e Força Aérea na serra da Canda, para reabertura da chamada «estrada do café» |
| Deslocação de um membro do Subcomité dos Cinco a Lisboa, para encontro com Salazar |
3 | Visita de J. Fouché, ministro da Defesa da África do Sul, a Lisboa |
7 | Comunicado das Forças Armadas sobre as actividades dos meses de Maio e Junho, no Norte de Angola |
14 | Difusão de Novas Directivas Gerais de Censura que exigem atenção especial aos títulos e subtítulos referentes a acontecimentos militares do Ultramar |
15 | Morte de seis militares em Quicabo |
18 | Início da operação de cerco a Nambuangongo, ocupada pelos rebeldes desde o início da sublevação em Angola |
21 | Ataque de um grupo de guerrilheiros ao aquartelamento português de São Domingos, na fronteira da Guiné com o Senegal, que provocou quatro feridos militares
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27 | Corte de relações diplomáticas do Senegal com Portugal |
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Agosto
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1 | Ocupação do Forte de São João Baptista de Ajudá pelo Daomé |
3 | Acções de sabotagem na Guiné, efectuadas pelo PAIGC |
4 | Ocupação de Zala e Quicunzo pelas forças portuguesas, que progridem para Nambuangongo |
7 | Declaração do ministro do Exército à Emissora Oficial de Angola, onde afirma que aos «terroristas» se colocava apenas um dilema: «Rendição incondicional ou aniquilamento total» |
8 | Entrega de «brevets» às cinco primeiras enfermeiras pára-quedistas |
9 | Entrada de forças portuguesas em Nambuangongo |
11 | Primeira operação militar com lançamento de pára-quedistas, efectuado sobre a região de Quipedro, em Angola |
17 | Primeira utilização operacional dos aviões caças-bombardeiros F84, a partir da Base Aérea de Luanda |
24 | Extinção do regime da cultura obrigatória do algodão nos territórios coloniais |
| Início de uma operação conjunta, com aviação, pára-quedistas a forças terrestres, na serra da Canda |
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Setembro
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1 | Início da I Conferência Plenária dos Países Não Alinhados em Belgrado apela à ajuda internacional do povo angolano para que constitua sem demora um estado livre e independente |
5 | Anúncio pelo ministro de Estado, Correia de Oliveira, da criação do Mercado único Português, numa reunião com as associações económicas |
6 | Revogação do Estatuto dos Indígenas |
9 | Criação do Serviço Postal Militar |
10 | Início da operação militar conjunta que conduz à reocupação da «Pedra Verde» |
16 | Desordem entre militares pára-quedistas e elementos da polícia, em Luanda, de que resultou um mono a vários feridos, a que ficou conhecido como «Incidente da Versalhes» |
| Entrada das tropas portuguesas na Pedra Verde |
27 | Encerramento da estrada Carmona Negaje, devido a novas acções militares dos guerrilheiros da UPA |
30 | Transferência da sede do MPLA de Conacri para Leopoldville |
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Outubro
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7 | Discurso de Venâncio Deslandes, a dar por findas as operações militares no Norte de Angola, passando-se à fase das operações de polícia |
12 | Partida para Angola da imagem de Nossa Senhora de Fátima, depois de uma cerimónia em que estiveram presentes o cardeal Cerejeira e o chefe de Estado |
13 | Carta aberta de Amílcar Cabral ao Governo português, a reclamar a solução pacífica do problema da Guiné a Cabo Verde |
18 | Cerimónia da entrega das insígnias aos primeiros fuzileiros navais, no Alfeite, destinados a Angola |
21 | Início de um colóquio internacional, promovido pela União Indiana, sobre as colónias portuguesas |
31 | Entrega ao presidente da República de uma carta pelos candidatos da oposição, a exigir a substituição do Governo |
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Novembro
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| Intervenção das forças da ONU no Catanga para pôr fim à secessão |
| Visita do adido militar americano em Lisboa, a Angola |
| Recomposição do Comité Executivo da UPA, com Alexandre Taty, vice-presidente, e Jonas Savimbi, secretário-geral |
5 | Definição, pelo Governo português, das bases para a «unidade económica da Nação» |
6 | Manifestação do Exército de apoio ao Govemo, na sequência da cada da oposição de 31 de Outubro |
10 | Desvio de um avião da carreira Lisboa-Casablanca, por membros da oposição ligados a Henrique Galvão a dirigidos por Palma Inácio, com lançamento de panfletos sobre Lisboa |
| Desastre de aviação do Chitado, em que morreu o general Silva Freire, comandante da Região Militar de Angola, a mais 14 militares do Exército a da Força Aérea |
13 | Condenação, pela Comissão de Tutela da ONU, da política colonial portuguesa |
14 | Abandono por Portugal de uma sessão da 4.ª Comissão da ONU, em protesto pela audição de dois dirigentes do Movimento de Libertação da Guiné a Cabo Verde |
| Partida do primeiro destacamento de fuzileiros especiais para Angola |
18 | Visita do primeiro-ministro da Federação das Rodésias a Niassalândia a Lisboa, para conversações com Salazar |
22 | Alteração do sistema tributário português, para fazer face às despesas de guerra |
27 | Criação do Comité de Descolonização da ONU |
| Anúncio, pelo governador-geral de Angola, de «nova actividade terrorista» no Norte do território |
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Dezembro
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| Acordo entre Mário de Andrade, líder do MPLA, e Humberto Delgado, para a formação de uma Frente Unida contra o regime português |
2 | Expulsão de Portugal de quatro missionários norte-americanos, acusados de apoio aos movimentos angolanos |
8 | Independência da Tanzânia |
12 | Evacuação de mulheres a crianças de Goa |
14 | Determinação de Salazar sobre a índia: «Apenas pode haver soldados e marinheiros vitoriosos ou mortos» |
16 | Intimação do Governo da União Indiana para a evacuação dos territórios de Goa, Damão a Diu |
| Veto da União Soviética a um projecto de resolução do Conselho de Segurança da ONU, a condenar a União Indiana pela ameaça militar contra Goa, apresentado pelos Estados Unidos, França a Turquia |
17 | Início da operação militar que leva à ocupação de Goa, Damão a Diu por pane da União Indiana |
19 | Instituição pela Assembleia-geral da ONU de um Comité Especial para os Territórios Administrados por Portugal (Comité dos Sete), a convidar os estados membros a recusar qualquer ajuda ou assistência utilizável contra as populações dos territórios coloniais |
| Apresentação da rendição das tropas portuguesas ao comando indiano |
30 | Discussão de Salazar com alguns ministros sobre a hipótese de abandono da ONU por Portugal
A Guerra em Angola, Moçambique e Guiné.
1962
Guerrilheiros da Frelimo. |
Janeiro
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1 | Ataque ao quartel de Beja dirigido por Varela Gomes, no âmbito de um movimento militar que não teve êxito. |
| Constituição, em Dar-es-Salam, do Comité de Unificação dos Movimentos Nacionalistas de Moçambique. |
3 | Estabelecimento, em Lisboa, de um governo do Estado da índia. |
15 | Portugal abandona a Assembleia-geral da ONU, em virtude do debate sobre Angola. |
27 | Acordo entre Portugal e a União Indiana para o repatriamento de mais de três mil prisioneiros |
30 | Resolução da Assembleia-geral da ONU, reprovando a repressão e acção armada desencadeada por Portugal contra o povo angolano, reafirmando o direito deste à autodeterminação e independência |
31 | Manifestação no Porto com gritos de ordem contra guerra colonial, o que acontece pela primeira vez |
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Fevereiro
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| Criação da Missão de Estudos Económicos do Ultramar |
2
| Marcelo Caetano preconiza uma modificação constitucional com vista a transformar o Estado unitário em Estado Federal |
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Março
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| Abertura de negociações entre Portugal e a África do Sul sobre um projecto de aproveitamento do rio Cunene |
| Fim da guerra da Argélia |
| Constituição, por intelectuais portugueses naturais ou residentes em Angola, da Frente Unida Angolana (FUA), de apoio ao MPLA |
2 | Criação de uma organização de voluntários de carácter permanente em cada um dos territórios coloniais |
3 | Reivindicação, pela UPA, em Leopoldville, da prisão e execução de um destacamento do MPLA |
12 | Início das emissões da Rádio Portugal Livre, a partir da Argélia |
13 |
Prisão, em Bissau, pela PIDE, dos dirigentes do PAIGC, Rafael Barbosa e Fernando Fortes
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| Cada do Comité dos Sete da ONU ao Governo português solicitando informação sobre as condições de uma visita do Comité aos territórios sob administração portuguesa |
18 |
Deslocação a Lisboa do governador-geral de Moçambique, almirante Sarmento Rodrigues, por causa de actividades secessionistas de colonos da Beira
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23 | Resposta do Governo português à carta do Comité dos Sete da ONU recusando a visita do Comité aos territórios sobre administração portuguesa |
24 | Proibição, pelo Governo, das celebrações do Dia do Estudante, abrindo-se a crise académica |
27 |
Constituição da FNLA, a partir da UPA e do PDA
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Abril
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5 | Formação do GRAE (Governo Revolucionário de Angola no Exílio) pela FNLA |
6 |
Greve da Universidade de Lisboa
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12 | Remodelação ministerial, com Gomes de Araújo a substituir Salazar na Defesa Nacional, Joaquim da Luz Cunha a substituir Mário Silva no Exército e Peixoto Correia a substituir Adriano Moreira no Ultramar |
| Agitação nas universidades – luto académico |
27 | Aprovação do Código do Trabalho Rural para o Ultramar |
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Maio
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| Evasão de Lisboa, onde tinha residência fixa, de Agostinho Neto |
1 | Repressão de manifestações de rua em Lisboa com palavras de ordem contra a guerra colonial, de que resulta um morto e várias dezenas de feridos |
22 | Chegada a Lisboa dos primeiros prisioneiros portugueses da índia, a bordo do navioVera Cruz |
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Junho
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| Apresentação, por Amílcar Cabral, perante a Comissão da ONU para os territórios administrados por Portugal, de um relatório intitulado «O Nosso Povo, o Governo Português e a ONU». |
14 | Criação de um Centro de Instrução em Zemba (CI 21) para formar as primeiras unidades de comandos |
25 | Criação da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), presidida por Eduardo Mondlane |
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Julho
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| Entrada em funcionamento da base de Kinkusu, atribuída pelo Governo do Congo-Leopoldville à UPA |
| Condenação, em Luanda, dos escritores António Jacinto, António Cardoso e José Graça (Luandino Vieira) a 14 anos de prisão por «actividades contra a segurança exterior do Estado» |
5 | Independência da Argélia |
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Agosto
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| Recomendação da Conferência de Ministros dos Negócios Estrangeiros da OUA reunida em Dacar para o reconhecimento do GRAE de Holden Roberto |
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Setembro
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| Fundação, em Dacar, da Frente de Libertação Nacional da Guiné (FLING) |
1 | Petição ao presidente da República, por um grupo de personalidades da oposição, reclamando a demissão de Salazar e uma modificação na política ultramarina |
23 | Início do I Congresso da Frelimo em Dar-es-Salam |
24 | Demissão de Venâncio Deslandes dos cargos de governador-geral e comandante-chefe de Angola, na sequência de divergências com o ministro do UItramar, Adriano Moreira, por questões de autonomia política e administrativa do território |
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Outubro
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24 | Recepção de Kennedy a Franco Nogueira |
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Novembro
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| Fim da secessão do Catanga e Cassai, que são reintegrados no Congo-Leopoldville |
15 | Carta de Viriato da Cruz aos elementos do MPLA, manifestando-se contra Agostinho Neto |
23 | Depoimento de Eduardo Mondlane, em nome da Frelìmo, perante o Comité Especial da ONU para os territórios administrados por Portugal |
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Dezembro
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| Apresentação na ONU do plano «U Thant» para unificação do Congo, para solucionar a questão da secessão do Katanga |
| Declarações de David Mabunda, secretário-geral da Frelimo, no Cairo, segundo as quais seria inevitável nova guerra, como em Angola, se Portugal não tomasse medidas imediatas para garantir a autodeterminação de Moçambique |
1 | Negociações, em Paris, de Sócrates Deskalos, presidente da Frente Unida Angolana (FUA), para abrir um novo quartel-general no Congo e para colaborar com a UPA e MPLA |
| Início do I Congresso do MPLA em Leopoldville, com Agostinho Neto na presidência e Mário de Andrade na vice-presidência, sendo elementos da Comissão Governativa P. Domingos da Silva, Matias Miguéis, Manuel Lima e Sócrates Daskalos |
3 | Remodelação ministerial, com a entrada de Gomes de Araújo para ministro da Defesa, de Luz Cunha para ministro do Exército, de Peixoto Correia para o Ultramar e de Francisco Chagas para secretário de Estado da Aeronáutica |
12 | Aprovação de uma moção na ONU recomendando um programa especial de assistência técnica para educação e treino de dirigentes nacionalistas dos territórios sob administração portuguesa |
13 | Apresentação de Amílcar Cabral na Comissão de Curadorias da ONU como representante do PAIGC |
14 | Resolução da Assembleia-geral da ONU sobre Angola, condenando a atitude de Portugal, pedindo o reconhecimento imediato do direito dos povos não autónomos à autodeterminação e independência e a cessação imediata de todos os actos de repressão |
18 | Resolução da Assembleia-geral da ONU, reafirmando o inalienável direito do povo de Angola à autodeterminação e independência, condenando a guerra colonial conduzida por Portugal e requerendo ao Conselho de Segurança as medidas adequadas |
19 | Início da Conferência das Forças Antifascistas Portuguesas, que funda a Frente Patriótica de Libertação Nacional (FPLN) |
28 | Depoimento de Holden Roberto, líder da UPA, perante a comissão especial da ONU |
A Guerra em Angola, Moçambique e Guiné.
1963
Amílcar Cabral com guerrilheiras do PAIGC |
A Guerra em Angola, Moçambique e Guiné.
1963
Amílcar Cabral com guerrilheiras do PAIGC |
Janeiro
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18 | Debate pelo Governo português de um projecto de Lei Orgânica do Ultramar. |
23 | Início da luta armada na Guiné, com um ataque ao quartel de Tite pelo PAIGC. |
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Fevereiro
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| Expulsão dos portugueses residentes na Serra Leoa e proibição de importação de mercadorias portuguesas, por causa da política colonial de Portugal |
| Organização, pelo Comité Político da FLN da Argélia, do Dia de Angola, como apoio à independência |
4 | Início da 3.ª Conferência de Solidariedade Afro‑Asiática na Tanganica, presidida por Julius Nyerere, em que foi pedido o boicote económico e diplomático contra Portugal |
21
| Encontro de Salazar com dois enviados do presidente Youlou, do Congo-Brazzaville, que se propõe mediar uma solução para o problema angolano |
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Março
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| Captura, por guerrilheiros do PAIGC, dos navios Mirandela e Arouca perto de Cacine, que mais tarde utilizou para transporte de pessoal e material na Guiné-Conacri |
| Reuniões da Comissão de Descolonização da ONU, atribuindo prioridade aos territórios sob administração portuguesa |
| Deserção do piloto militar português Jacinto Veloso, que aterrou com o seu avião na Tanzânia |
1 | Publicação de um conjunto de decretos com vista à formação de um mercado único português |
10 | Declaração de Amílcar Cabral em Paris sobre a disponibilidade de o PAIGC suspender a luta, se Portugal quisesse solucionar pacificamente o problema colonial |
13 | Contestação do Governo português à competência da Comissão de Descolonização da ONU para decidir sobre os territórios ultramarinos de Portugal |
15 |
Comemoração, pela UPA, em Leopoldville, do segundo aniversário do início das hostilidades em Angola, com a presença do primeiro‑ministro congolês
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| Aníbal São José Lopes assume a direcção da PIDE em Angola |
21 |
Demissão de dez oficiais, em consequência dos acontecimentos da Índia
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Abril
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| Atribuição, a vários militares, do Prémio Governador‑Geral, instituído pela TAP, pelas acções valorosas em defesa de Angola |
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Tentativa, por parte do MPLA, de reactivar a acção da ATCAR, Associação dos Quiocos do Congo, Angola e Rodésia
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3 | Anúncio, por Franco Nogueira, da intenção de negociar um pacto de não‑agressão com os países limítrofes de Angola e outros países africanos |
9 | Comunicado oficial do Governo do Senegal sobre o bombardeamento efectuado por quatro aviões portugueses a uma aldeia fronteiriça, sendo o assunto comunicado ao Conselho de Segurança da ONU |
11 | Publicação da Encíclica Pacem in Terris do Papa João XXIII com referência explícita à independência de todos os povos |
20 | Reunião Internacional da Juventude em Argel, com a presença de representantes de Angola |
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Maio
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| Entrevista de Mário de Andrade, do MPLA, ao jornal Le Monde, em que afirma ser indispensável e decisivo o isolamento total de Portugal |
| François Mendy, presidente da Frente de Luta pela Independência da Guiné (FLING), preconiza uma conferência para o reagrupamento de todos os movimentos nacionalistas das colónias portuguesas 1963.05 Comandante Vasco Rodrigues, governador?geral da Guiné |
| Conferência entre Peterson, representante da UPA, e o presidente Kaunda em Elisabeteville sobre a possibilidade de a UFA utilizar o território da Rodésia do Norte (actual Zâmbia) como base |
| Nomeação de João Eduardo como representante permanente do MPLA em Argel |
| Tentativa de desmantelamento por parte das autoridades portuguesas de uma organização da Frelimo no Norte de Moçambique |
| Reunião do Comité Executivo da União Internacional dos Estudantes (UIE) em Argel, em que é apresentado um relatório sobre a situação em Angola |
25 | Fundação da Organização de Unidade Africana (OUA) pelos chefes de 30 Estados independentes de África reunidos em Adis Abeba |
28 | Anúncio, pela NATO, da instalação em Portugal da base de comando da Zona IberoAtlântica |
29 | Recepção de Franco Nogueira por Kennedy e Dean Rusk |
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Junho
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| Corte de relações diplomáticas da República Árabe Unida com Portugal devido à política colonial portuguesa |
| Assalto à sede do MPLA, em Leopoldville, pela polícia congolesa, que prende Agostinho Neto e Lúcio Lara |
7 | Declaração do secretário de Estado para os Assuntos Africanos dos Estados Unidos, segundo a qual os interesses estratégicos dos EUA exigem a continuação da cooperação com Portugal |
10 | Fundação, pelo MPLA, da Frente Democrática de Libertação de Angola (FDLA) |
| Primeira cerimónia do Dia da Raça realizada no Terreiro do Paço, em Lisboa, de homenagem às Forças Armadas |
30 | Passagem das acções do PAIGC para norte do rio Geba |
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Julho
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| Declarações do abade Youlou, presidente do CongoBrazaville, em Paris, sobre conversações acerca da efectivação de eleições em Angola, solução contestada pela FNLA |
| Criação em Leopoldville da Frente Democrática para a Libertação de Angola, sob a presidência de Agostinho Neto, constituída pelo MPLA e outros pequenos partidos 1963.07 Reconhecimento exclusivo do GRAE e da FNLA, chefiados por Holden Roberto, pelo Governo do Congo‑Leopoldville (República Democrática do Congo) com reacções negativas de alguns países africanos |
| Decisão da Libéria de expulsar portugueses residentes no seu território, com excepção dos que solicitarem estatuto de refugiados |
| Corte de relações diplomáticas do Senegal com Portugal, com proibição de circulação de pessoas e mercadorias na fronteira com a Guiné |
| Notícia do Le Monde sobre um contacto de Benjamim Pinto Buli, secretáriogeral da União dos Naturais da Guiné (UNGP) com as autoridades portuguesas para a criação de um regime de autonomia interna |
| Utilização, pelo PAIGC, da primeira mina anticarro, na estrada Fulacunda-São João |
1 | Debate, em Brazzaville, entre os movimentos nacionalistas angolanos no sentido da formação de um Comité de Coordenação |
| Início da Conferência Internacional de Instrução Pública, em Genebra, em que é aprovada uma moção que pede a exclusão de Portugal por causa da sua política colonial |
10 | Início dos trabalhos de uma comissão de boa vontade nomeada pelo Comité de Libertação Africano no sentido de tentar unir os esforços dos movimentos de libertação angolanos |
13 | Reconhecimento do GRAE pelo Comité de Libertação da OUA (Organização de Unidade Africana) |
| Início da visita a Leopoldville de uma missão da OUA, que recomenda aos países africanos o reconhecimento do GRAE e o apoio à FNLA |
16 | Encontro de Salazar com Benjamim Pinto Buli, dirigente de uma das facções da FLING |
22 | Crítica de Mário de Andrade à formação da Frente Democrática de Libertação de Angola pelo MPLA |
24 | Encontro entre o presidente do Congo-Brazzaville, Youlou, e o embaixador português em Paris sobre um programa para a realização de eleições em Angola |
27 | Exclusão de Portugal da Comissão Económica para África (CEA), organismo da ONU |
31 | Oposição dos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha, no Conselho de Segurança da ONU, à aplicação de sanções contra Portugal |
| Resolução do Conselho de Segurança da ONU que rejeita o conceito português de «províncias ultramarinas», decidindo que a situação perturbava seriamente a paz e a segurança em África, apelando a Portugal para reconhecer o direito de autodeterminação e independência |
| |
Agosto
|
| |
| Congresso dos partidos nacionalistas de Cabinda em Ponta Negra, com a presença do presidente Youlou, do Congo-Brazza, onde se formou a Frente de Libertação de Cabinda |
| Carta de Salazar ao primeiro-ministro sul-africano pedindo cooperação e lembrando que «estamos quase sós em África», explicando que ou o bastião português resistia ou a guerra atingiria a África do Sul |
| Reconhecimento do GRAE de Holden Roberto pela Tunísia, Argélia e Marrocos |
| Convite de Portugal ao secretário-geral da ONU para visitar Lisboa, a fim de tratar das questões da política portuguesa em África |
| Concessão, pelo Governo português, à Pan American International Oil Corporation, da prospecção de petróleo em Moçambique |
10 | Crítica do marechal Craveiro Lopes a alguns aspectos da política ultramarina |
12 | Discurso de Salazar sobre o problema do ultramar, que teve grandes repercussões internacionais e levou os nacionalistas a reafirmarem a continuação da luta |
23 | Interdição do espaço aéreo do Senegal a aviões procedentes ou destinados a Portugal e à África do Sul |
| Cerimónia de apoio dos generais e oficiais superiores a Salazar e à política ultramarina |
27 | Manifestação nacional no Terreiro do Paço, em Lisboa, de apoio à política ultramarina do Governo, que serviu de base à legitimidade da política de defesa ultramarina do Governo português |
29 | Início das conversações de George Ball, representante americano, com Franco Nogueira e Salazar, em Lisboa, em que se evidenciam as divergências relativamente aos conceitos de autodeterminação e do factor tempo no problema africano |
30 | Encontro de George Bali, subsecretário de Estado americano, com Salazar, sendo debatida a atitude americana face à política colonial e a presença dos EUA nos Açores |
| |
Setembro
|
| |
| Reconhecimento do GRAE de Holden Roberto pelo Senegal |
| Conferência de imprensa, no Rio de Janeiro, de Jorge Goinola, representante do GRAE, acompanhado de Humberto Delgado |
| Utilização pela FNLA, na região de Noqui, Norte de Angola, de minas AC MK7 e granadas de mão Societa Romana |
| Conflito entre a FNLA e a FNLEC por causa de declarações sobre o enclave de Cabinda |
| Condenação, pelo VIII Congresso Internacional Socialista, dos países que persistem em oprimir os povos coloniais, como Portugal 1963.09.16 Início de uma visita de Américo Tomás a Angola |
23 | Chegada do ministro da Defesa, general Gomes de Araújo, a Moçambique para uma visita ao território |
| |
Outubro
|
| |
| Utilização pelos nacionalistas de Angola do seguinte armamento: granadas de morteiro 60, LG anticarro AC-P27(checo), LG RPG2 (russo), canhão sem recuo 57 (chinês) e canhão sem recuo 75 (chinês) |
| Realização da XVIII Assembleia Geral da ONU, em que os países afro-asiáticos atacam a política colonial portuguesa |
| Realização de conversações entre representantes portugueses e africanos, promovidas por U'Thant, secretário-geral da ONU, que virá a apresentar um relatório ao Conselho de Segurança sobre estas conversações |
| Anúncio, em Leopoldville, do recomeço da ofensiva no interior de Angola por parte do Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA), da FNLA |
3 | Posse, em Bissau, do novo secretário-geral da província da Guiné, James Pinto Buli |
4 | Conferência de imprensa do Quartel-General de Luanda para comunicação da situação militar em Angola |
16 | Início de conversações entre Portugal e alguns países africanos, sob a égide da ONU, que incidiram, sem acordo, no sentido e no alcance do conceito de autodeterminação |
17 | Decisão do Governo português de considerar os crimes previstos na legislação militar, como cometidos em tempo de guerra |
| |
Novembro
|
| |
| Reorganização do MPLA, com ligação ao Corpo Voluntário Angolano de Auxílio aos Refugiados (CVAAR) e da União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA) |
2 | Encerramento da sede do MPLA em Leopoldville e proibição da actividade do movimento no Congo |
7 | Recepção de Franco Nogueira por Kennedy |
8 | Debate na Comissão de Curadorias da ONU, sendo pedido ao Conselho de Segurança que se ocupe com urgência da situação nos territórios portugueses |
22 | Assassínio do presidente Kennedy, nos Estados Unidos da América |
| |
Dezembro
|
| |
| Primeiras actividades operacionais na Zona Militar Leste, em Angola |
| Intervenção de Henrique Galvão na ONU sobre a «questão ultramarina portuguesa» |
3 | Resolução da Assembleia Geral da ONU, a solicitar ao Conselho de Segurança a adopção das medidas necessárias à execução das suas resoluções relativas aos territórios sob administração portuguesa |
6 | Declaração pública dos Estados africanos participantes nas conversações com Portugal, em que se lamenta o facto de não ter modificado minimamente os princípios fundamentais da sua política, tornando impossível qualquer conversação séria |
9 | Convite do Governo português ao secretário-geral da ONU, U'Thant, para visitar Angola e Moçambique |
11 | Resolução do Conselho de Segurança da ONU, a confirmar o conceito de autodeterminação da Declaração Anticolonialista e a deplorar a inobservância da resolução de 31 de Julho de 1963 |
|
Janeiro
|
| |
18 | Debate pelo Governo português de um projecto de Lei Orgânica do Ultramar. |
23 | Início da luta armada na Guiné, com um ataque ao quartel de Tite pelo PAIGC. |
| |
Fevereiro
|
| |
| Expulsão dos portugueses residentes na Serra Leoa e proibição de importação de mercadorias portuguesas, por causa da política colonial de Portugal |
| Organização, pelo Comité Político da FLN da Argélia, do Dia de Angola, como apoio à independência |
4 | Início da 3.ª Conferência de Solidariedade Afro‑Asiática na Tanganica, presidida por Julius Nyerere, em que foi pedido o boicote económico e diplomático contra Portugal |
21
| Encontro de Salazar com dois enviados do presidente Youlou, do Congo-Brazzaville, que se propõe mediar uma solução para o problema angolano |
| |
Março
|
| |
| Captura, por guerrilheiros do PAIGC, dos navios Mirandela e Arouca perto de Cacine, que mais tarde utilizou para transporte de pessoal e material na Guiné-Conacri |
| Reuniões da Comissão de Descolonização da ONU, atribuindo prioridade aos territórios sob administração portuguesa |
| Deserção do piloto militar português Jacinto Veloso, que aterrou com o seu avião na Tanzânia |
1 | Publicação de um conjunto de decretos com vista à formação de um mercado único português |
10 | Declaração de Amílcar Cabral em Paris sobre a disponibilidade de o PAIGC suspender a luta, se Portugal quisesse solucionar pacificamente o problema colonial |
13 | Contestação do Governo português à competência da Comissão de Descolonização da ONU para decidir sobre os territórios ultramarinos de Portugal |
15 |
Comemoração, pela UPA, em Leopoldville, do segundo aniversário do início das hostilidades em Angola, com a presença do primeiro‑ministro congolês
|
| Aníbal São José Lopes assume a direcção da PIDE em Angola |
21 |
Demissão de dez oficiais, em consequência dos acontecimentos da Índia
|
| |
Abril
|
| |
| Atribuição, a vários militares, do Prémio Governador‑Geral, instituído pela TAP, pelas acções valorosas em defesa de Angola |
|
Tentativa, por parte do MPLA, de reactivar a acção da ATCAR, Associação dos Quiocos do Congo, Angola e Rodésia
|
3 | Anúncio, por Franco Nogueira, da intenção de negociar um pacto de não‑agressão com os países limítrofes de Angola e outros países africanos |
9 | Comunicado oficial do Governo do Senegal sobre o bombardeamento efectuado por quatro aviões portugueses a uma aldeia fronteiriça, sendo o assunto comunicado ao Conselho de Segurança da ONU |
11 | Publicação da Encíclica Pacem in Terris do Papa João XXIII com referência explícita à independência de todos os povos |
20 | Reunião Internacional da Juventude em Argel, com a presença de representantes de Angola |
| |
Maio
|
| |
| Entrevista de Mário de Andrade, do MPLA, ao jornal Le Monde, em que afirma ser indispensável e decisivo o isolamento total de Portugal |
| François Mendy, presidente da Frente de Luta pela Independência da Guiné (FLING), preconiza uma conferência para o reagrupamento de todos os movimentos nacionalistas das colónias portuguesas 1963.05 Comandante Vasco Rodrigues, governador?geral da Guiné |
| Conferência entre Peterson, representante da UPA, e o presidente Kaunda em Elisabeteville sobre a possibilidade de a UFA utilizar o território da Rodésia do Norte (actual Zâmbia) como base |
| Nomeação de João Eduardo como representante permanente do MPLA em Argel |
| Tentativa de desmantelamento por parte das autoridades portuguesas de uma organização da Frelimo no Norte de Moçambique |
| Reunião do Comité Executivo da União Internacional dos Estudantes (UIE) em Argel, em que é apresentado um relatório sobre a situação em Angola |
25 | Fundação da Organização de Unidade Africana (OUA) pelos chefes de 30 Estados independentes de África reunidos em Adis Abeba |
28 | Anúncio, pela NATO, da instalação em Portugal da base de comando da Zona IberoAtlântica |
29 | Recepção de Franco Nogueira por Kennedy e Dean Rusk |
| |
Junho
|
| |
| Corte de relações diplomáticas da República Árabe Unida com Portugal devido à política colonial portuguesa |
| Assalto à sede do MPLA, em Leopoldville, pela polícia congolesa, que prende Agostinho Neto e Lúcio Lara |
7 | Declaração do secretário de Estado para os Assuntos Africanos dos Estados Unidos, segundo a qual os interesses estratégicos dos EUA exigem a continuação da cooperação com Portugal |
10 | Fundação, pelo MPLA, da Frente Democrática de Libertação de Angola (FDLA) |
| Primeira cerimónia do Dia da Raça realizada no Terreiro do Paço, em Lisboa, de homenagem às Forças Armadas |
30 | Passagem das acções do PAIGC para norte do rio Geba |
| |
Julho
|
| |
| Declarações do abade Youlou, presidente do CongoBrazaville, em Paris, sobre conversações acerca da efectivação de eleições em Angola, solução contestada pela FNLA |
| Criação em Leopoldville da Frente Democrática para a Libertação de Angola, sob a presidência de Agostinho Neto, constituída pelo MPLA e outros pequenos partidos 1963.07 Reconhecimento exclusivo do GRAE e da FNLA, chefiados por Holden Roberto, pelo Governo do Congo‑Leopoldville (República Democrática do Congo) com reacções negativas de alguns países africanos |
| Decisão da Libéria de expulsar portugueses residentes no seu território, com excepção dos que solicitarem estatuto de refugiados |
| Corte de relações diplomáticas do Senegal com Portugal, com proibição de circulação de pessoas e mercadorias na fronteira com a Guiné |
| Notícia do Le Monde sobre um contacto de Benjamim Pinto Buli, secretáriogeral da União dos Naturais da Guiné (UNGP) com as autoridades portuguesas para a criação de um regime de autonomia interna |
| Utilização, pelo PAIGC, da primeira mina anticarro, na estrada Fulacunda-São João |
1 | Debate, em Brazzaville, entre os movimentos nacionalistas angolanos no sentido da formação de um Comité de Coordenação |
| Início da Conferência Internacional de Instrução Pública, em Genebra, em que é aprovada uma moção que pede a exclusão de Portugal por causa da sua política colonial |
10 | Início dos trabalhos de uma comissão de boa vontade nomeada pelo Comité de Libertação Africano no sentido de tentar unir os esforços dos movimentos de libertação angolanos |
13 | Reconhecimento do GRAE pelo Comité de Libertação da OUA (Organização de Unidade Africana) |
| Início da visita a Leopoldville de uma missão da OUA, que recomenda aos países africanos o reconhecimento do GRAE e o apoio à FNLA |
16 | Encontro de Salazar com Benjamim Pinto Buli, dirigente de uma das facções da FLING |
22 | Crítica de Mário de Andrade à formação da Frente Democrática de Libertação de Angola pelo MPLA |
24 | Encontro entre o presidente do Congo-Brazzaville, Youlou, e o embaixador português em Paris sobre um programa para a realização de eleições em Angola |
27 | Exclusão de Portugal da Comissão Económica para África (CEA), organismo da ONU |
31 | Oposição dos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha, no Conselho de Segurança da ONU, à aplicação de sanções contra Portugal |
| Resolução do Conselho de Segurança da ONU que rejeita o conceito português de «províncias ultramarinas», decidindo que a situação perturbava seriamente a paz e a segurança em África, apelando a Portugal para reconhecer o direito de autodeterminação e independência |
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Agosto
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| Congresso dos partidos nacionalistas de Cabinda em Ponta Negra, com a presença do presidente Youlou, do Congo-Brazza, onde se formou a Frente de Libertação de Cabinda |
| Carta de Salazar ao primeiro-ministro sul-africano pedindo cooperação e lembrando que «estamos quase sós em África», explicando que ou o bastião português resistia ou a guerra atingiria a África do Sul |
| Reconhecimento do GRAE de Holden Roberto pela Tunísia, Argélia e Marrocos |
| Convite de Portugal ao secretário-geral da ONU para visitar Lisboa, a fim de tratar das questões da política portuguesa em África |
| Concessão, pelo Governo português, à Pan American International Oil Corporation, da prospecção de petróleo em Moçambique |
10 | Crítica do marechal Craveiro Lopes a alguns aspectos da política ultramarina |
12 | Discurso de Salazar sobre o problema do ultramar, que teve grandes repercussões internacionais e levou os nacionalistas a reafirmarem a continuação da luta |
23 | Interdição do espaço aéreo do Senegal a aviões procedentes ou destinados a Portugal e à África do Sul |
| Cerimónia de apoio dos generais e oficiais superiores a Salazar e à política ultramarina |
27 | Manifestação nacional no Terreiro do Paço, em Lisboa, de apoio à política ultramarina do Governo, que serviu de base à legitimidade da política de defesa ultramarina do Governo português |
29 | Início das conversações de George Ball, representante americano, com Franco Nogueira e Salazar, em Lisboa, em que se evidenciam as divergências relativamente aos conceitos de autodeterminação e do factor tempo no problema africano |
30 | Encontro de George Bali, subsecretário de Estado americano, com Salazar, sendo debatida a atitude americana face à política colonial e a presença dos EUA nos Açores |
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Setembro
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| Reconhecimento do GRAE de Holden Roberto pelo Senegal |
| Conferência de imprensa, no Rio de Janeiro, de Jorge Goinola, representante do GRAE, acompanhado de Humberto Delgado |
| Utilização pela FNLA, na região de Noqui, Norte de Angola, de minas AC MK7 e granadas de mão Societa Romana |
| Conflito entre a FNLA e a FNLEC por causa de declarações sobre o enclave de Cabinda |
| Condenação, pelo VIII Congresso Internacional Socialista, dos países que persistem em oprimir os povos coloniais, como Portugal 1963.09.16 Início de uma visita de Américo Tomás a Angola |
23 | Chegada do ministro da Defesa, general Gomes de Araújo, a Moçambique para uma visita ao território |
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Outubro
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| Utilização pelos nacionalistas de Angola do seguinte armamento: granadas de morteiro 60, LG anticarro AC-P27(checo), LG RPG2 (russo), canhão sem recuo 57 (chinês) e canhão sem recuo 75 (chinês) |
| Realização da XVIII Assembleia Geral da ONU, em que os países afro-asiáticos atacam a política colonial portuguesa |
| Realização de conversações entre representantes portugueses e africanos, promovidas por U'Thant, secretário-geral da ONU, que virá a apresentar um relatório ao Conselho de Segurança sobre estas conversações |
| Anúncio, em Leopoldville, do recomeço da ofensiva no interior de Angola por parte do Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA), da FNLA |
3 | Posse, em Bissau, do novo secretário-geral da província da Guiné, James Pinto Buli |
4 | Conferência de imprensa do Quartel-General de Luanda para comunicação da situação militar em Angola |
16 | Início de conversações entre Portugal e alguns países africanos, sob a égide da ONU, que incidiram, sem acordo, no sentido e no alcance do conceito de autodeterminação |
17 | Decisão do Governo português de considerar os crimes previstos na legislação militar, como cometidos em tempo de guerra |
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Novembro
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| Reorganização do MPLA, com ligação ao Corpo Voluntário Angolano de Auxílio aos Refugiados (CVAAR) e da União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA) |
2 | Encerramento da sede do MPLA em Leopoldville e proibição da actividade do movimento no Congo |
7 | Recepção de Franco Nogueira por Kennedy |
8 | Debate na Comissão de Curadorias da ONU, sendo pedido ao Conselho de Segurança que se ocupe com urgência da situação nos territórios portugueses |
22 | Assassínio do presidente Kennedy, nos Estados Unidos da América |
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Dezembro
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| Primeiras actividades operacionais na Zona Militar Leste, em Angola |
| Intervenção de Henrique Galvão na ONU sobre a «questão ultramarina portuguesa» |
3 | Resolução da Assembleia Geral da ONU, a solicitar ao Conselho de Segurança a adopção das medidas necessárias à execução das suas resoluções relativas aos territórios sob administração portuguesa |
6 | Declaração pública dos Estados africanos participantes nas conversações com Portugal, em que se lamenta o facto de não ter modificado minimamente os princípios fundamentais da sua política, tornando impossível qualquer conversação séria |
9 | Convite do Governo português ao secretário-geral da ONU, U'Thant, para visitar Angola e Moçambique |
11 | Resolução do Conselho de Segurança da ONU, a confirmar o conceito de autodeterminação da Declaração Anticolonialista e a deplorar a inobservância da resolução de 31 de Julho de 1963
A Guerra em Angola, Moçambique e Guiné.
1963
Amílcar Cabral com guerrilheiras do PAIGC |
Janeiro
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18 | Debate pelo Governo português de um projecto de Lei Orgânica do Ultramar. |
23 | Início da luta armada na Guiné, com um ataque ao quartel de Tite pelo PAIGC. |
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Fevereiro
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| Expulsão dos portugueses residentes na Serra Leoa e proibição de importação de mercadorias portuguesas, por causa da política colonial de Portugal |
| Organização, pelo Comité Político da FLN da Argélia, do Dia de Angola, como apoio à independência |
4 | Início da 3.ª Conferência de Solidariedade Afro‑Asiática na Tanganica, presidida por Julius Nyerere, em que foi pedido o boicote económico e diplomático contra Portugal |
21
| Encontro de Salazar com dois enviados do presidente Youlou, do Congo-Brazzaville, que se propõe mediar uma solução para o problema angolano |
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Março
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| Captura, por guerrilheiros do PAIGC, dos navios Mirandela e Arouca perto de Cacine, que mais tarde utilizou para transporte de pessoal e material na Guiné-Conacri |
| Reuniões da Comissão de Descolonização da ONU, atribuindo prioridade aos territórios sob administração portuguesa |
| Deserção do piloto militar português Jacinto Veloso, que aterrou com o seu avião na Tanzânia |
1 | Publicação de um conjunto de decretos com vista à formação de um mercado único português |
10 | Declaração de Amílcar Cabral em Paris sobre a disponibilidade de o PAIGC suspender a luta, se Portugal quisesse solucionar pacificamente o problema colonial |
13 | Contestação do Governo português à competência da Comissão de Descolonização da ONU para decidir sobre os territórios ultramarinos de Portugal |
15 |
Comemoração, pela UPA, em Leopoldville, do segundo aniversário do início das hostilidades em Angola, com a presença do primeiro‑ministro congolês
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| Aníbal São José Lopes assume a direcção da PIDE em Angola |
21 |
Demissão de dez oficiais, em consequência dos acontecimentos da Índia
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Abril
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| Atribuição, a vários militares, do Prémio Governador‑Geral, instituído pela TAP, pelas acções valorosas em defesa de Angola |
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Tentativa, por parte do MPLA, de reactivar a acção da ATCAR, Associação dos Quiocos do Congo, Angola e Rodésia
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3 | Anúncio, por Franco Nogueira, da intenção de negociar um pacto de não‑agressão com os países limítrofes de Angola e outros países africanos |
9 | Comunicado oficial do Governo do Senegal sobre o bombardeamento efectuado por quatro aviões portugueses a uma aldeia fronteiriça, sendo o assunto comunicado ao Conselho de Segurança da ONU |
11 | Publicação da Encíclica Pacem in Terris do Papa João XXIII com referência explícita à independência de todos os povos |
20 | Reunião Internacional da Juventude em Argel, com a presença de representantes de Angola |
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Maio
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| Entrevista de Mário de Andrade, do MPLA, ao jornal Le Monde, em que afirma ser indispensável e decisivo o isolamento total de Portugal |
| François Mendy, presidente da Frente de Luta pela Independência da Guiné (FLING), preconiza uma conferência para o reagrupamento de todos os movimentos nacionalistas das colónias portuguesas 1963.05 Comandante Vasco Rodrigues, governador?geral da Guiné |
| Conferência entre Peterson, representante da UPA, e o presidente Kaunda em Elisabeteville sobre a possibilidade de a UFA utilizar o território da Rodésia do Norte (actual Zâmbia) como base |
| Nomeação de João Eduardo como representante permanente do MPLA em Argel |
| Tentativa de desmantelamento por parte das autoridades portuguesas de uma organização da Frelimo no Norte de Moçambique |
| Reunião do Comité Executivo da União Internacional dos Estudantes (UIE) em Argel, em que é apresentado um relatório sobre a situação em Angola |
25 | Fundação da Organização de Unidade Africana (OUA) pelos chefes de 30 Estados independentes de África reunidos em Adis Abeba |
28 | Anúncio, pela NATO, da instalação em Portugal da base de comando da Zona IberoAtlântica |
29 | Recepção de Franco Nogueira por Kennedy e Dean Rusk |
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Junho
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| Corte de relações diplomáticas da República Árabe Unida com Portugal devido à política colonial portuguesa |
| Assalto à sede do MPLA, em Leopoldville, pela polícia congolesa, que prende Agostinho Neto e Lúcio Lara |
7 | Declaração do secretário de Estado para os Assuntos Africanos dos Estados Unidos, segundo a qual os interesses estratégicos dos EUA exigem a continuação da cooperação com Portugal |
10 | Fundação, pelo MPLA, da Frente Democrática de Libertação de Angola (FDLA) |
| Primeira cerimónia do Dia da Raça realizada no Terreiro do Paço, em Lisboa, de homenagem às Forças Armadas |
30 | Passagem das acções do PAIGC para norte do rio Geba |
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Julho
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| Declarações do abade Youlou, presidente do CongoBrazaville, em Paris, sobre conversações acerca da efectivação de eleições em Angola, solução contestada pela FNLA |
| Criação em Leopoldville da Frente Democrática para a Libertação de Angola, sob a presidência de Agostinho Neto, constituída pelo MPLA e outros pequenos partidos 1963.07 Reconhecimento exclusivo do GRAE e da FNLA, chefiados por Holden Roberto, pelo Governo do Congo‑Leopoldville (República Democrática do Congo) com reacções negativas de alguns países africanos |
| Decisão da Libéria de expulsar portugueses residentes no seu território, com excepção dos que solicitarem estatuto de refugiados |
| Corte de relações diplomáticas do Senegal com Portugal, com proibição de circulação de pessoas e mercadorias na fronteira com a Guiné |
| Notícia do Le Monde sobre um contacto de Benjamim Pinto Buli, secretáriogeral da União dos Naturais da Guiné (UNGP) com as autoridades portuguesas para a criação de um regime de autonomia interna |
| Utilização, pelo PAIGC, da primeira mina anticarro, na estrada Fulacunda-São João |
1 | Debate, em Brazzaville, entre os movimentos nacionalistas angolanos no sentido da formação de um Comité de Coordenação |
| Início da Conferência Internacional de Instrução Pública, em Genebra, em que é aprovada uma moção que pede a exclusão de Portugal por causa da sua política colonial |
10 | Início dos trabalhos de uma comissão de boa vontade nomeada pelo Comité de Libertação Africano no sentido de tentar unir os esforços dos movimentos de libertação angolanos |
13 | Reconhecimento do GRAE pelo Comité de Libertação da OUA (Organização de Unidade Africana) |
| Início da visita a Leopoldville de uma missão da OUA, que recomenda aos países africanos o reconhecimento do GRAE e o apoio à FNLA |
16 | Encontro de Salazar com Benjamim Pinto Buli, dirigente de uma das facções da FLING |
22 | Crítica de Mário de Andrade à formação da Frente Democrática de Libertação de Angola pelo MPLA |
24 | Encontro entre o presidente do Congo-Brazzaville, Youlou, e o embaixador português em Paris sobre um programa para a realização de eleições em Angola |
27 | Exclusão de Portugal da Comissão Económica para África (CEA), organismo da ONU |
31 | Oposição dos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha, no Conselho de Segurança da ONU, à aplicação de sanções contra Portugal |
| Resolução do Conselho de Segurança da ONU que rejeita o conceito português de «províncias ultramarinas», decidindo que a situação perturbava seriamente a paz e a segurança em África, apelando a Portugal para reconhecer o direito de autodeterminação e independência |
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Agosto
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| Congresso dos partidos nacionalistas de Cabinda em Ponta Negra, com a presença do presidente Youlou, do Congo-Brazza, onde se formou a Frente de Libertação de Cabinda |
| Carta de Salazar ao primeiro-ministro sul-africano pedindo cooperação e lembrando que «estamos quase sós em África», explicando que ou o bastião português resistia ou a guerra atingiria a África do Sul |
| Reconhecimento do GRAE de Holden Roberto pela Tunísia, Argélia e Marrocos |
| Convite de Portugal ao secretário-geral da ONU para visitar Lisboa, a fim de tratar das questões da política portuguesa em África |
| Concessão, pelo Governo português, à Pan American International Oil Corporation, da prospecção de petróleo em Moçambique |
10 | Crítica do marechal Craveiro Lopes a alguns aspectos da política ultramarina |
12 | Discurso de Salazar sobre o problema do ultramar, que teve grandes repercussões internacionais e levou os nacionalistas a reafirmarem a continuação da luta |
23 | Interdição do espaço aéreo do Senegal a aviões procedentes ou destinados a Portugal e à África do Sul |
| Cerimónia de apoio dos generais e oficiais superiores a Salazar e à política ultramarina |
27 | Manifestação nacional no Terreiro do Paço, em Lisboa, de apoio à política ultramarina do Governo, que serviu de base à legitimidade da política de defesa ultramarina do Governo português |
29 | Início das conversações de George Ball, representante americano, com Franco Nogueira e Salazar, em Lisboa, em que se evidenciam as divergências relativamente aos conceitos de autodeterminação e do factor tempo no problema africano |
30 | Encontro de George Bali, subsecretário de Estado americano, com Salazar, sendo debatida a atitude americana face à política colonial e a presença dos EUA nos Açores |
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Setembro
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| Reconhecimento do GRAE de Holden Roberto pelo Senegal |
| Conferência de imprensa, no Rio de Janeiro, de Jorge Goinola, representante do GRAE, acompanhado de Humberto Delgado |
| Utilização pela FNLA, na região de Noqui, Norte de Angola, de minas AC MK7 e granadas de mão Societa Romana |
| Conflito entre a FNLA e a FNLEC por causa de declarações sobre o enclave de Cabinda |
| Condenação, pelo VIII Congresso Internacional Socialista, dos países que persistem em oprimir os povos coloniais, como Portugal 1963.09.16 Início de uma visita de Américo Tomás a Angola |
23 | Chegada do ministro da Defesa, general Gomes de Araújo, a Moçambique para uma visita ao território |
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Outubro
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| Utilização pelos nacionalistas de Angola do seguinte armamento: granadas de morteiro 60, LG anticarro AC-P27(checo), LG RPG2 (russo), canhão sem recuo 57 (chinês) e canhão sem recuo 75 (chinês) |
| Realização da XVIII Assembleia Geral da ONU, em que os países afro-asiáticos atacam a política colonial portuguesa |
| Realização de conversações entre representantes portugueses e africanos, promovidas por U'Thant, secretário-geral da ONU, que virá a apresentar um relatório ao Conselho de Segurança sobre estas conversações |
| Anúncio, em Leopoldville, do recomeço da ofensiva no interior de Angola por parte do Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA), da FNLA |
3 | Posse, em Bissau, do novo secretário-geral da província da Guiné, James Pinto Buli |
4 | Conferência de imprensa do Quartel-General de Luanda para comunicação da situação militar em Angola |
16 | Início de conversações entre Portugal e alguns países africanos, sob a égide da ONU, que incidiram, sem acordo, no sentido e no alcance do conceito de autodeterminação |
17 | Decisão do Governo português de considerar os crimes previstos na legislação militar, como cometidos em tempo de guerra |
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Novembro
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| Reorganização do MPLA, com ligação ao Corpo Voluntário Angolano de Auxílio aos Refugiados (CVAAR) e da União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA) |
2 | Encerramento da sede do MPLA em Leopoldville e proibição da actividade do movimento no Congo |
7 | Recepção de Franco Nogueira por Kennedy |
8 | Debate na Comissão de Curadorias da ONU, sendo pedido ao Conselho de Segurança que se ocupe com urgência da situação nos territórios portugueses |
22 | Assassínio do presidente Kennedy, nos Estados Unidos da América |
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Dezembro
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| Primeiras actividades operacionais na Zona Militar Leste, em Angola |
| Intervenção de Henrique Galvão na ONU sobre a «questão ultramarina portuguesa» |
3 | Resolução da Assembleia Geral da ONU, a solicitar ao Conselho de Segurança a adopção das medidas necessárias à execução das suas resoluções relativas aos territórios sob administração portuguesa |
6 | Declaração pública dos Estados africanos participantes nas conversações com Portugal, em que se lamenta o facto de não ter modificado minimamente os princípios fundamentais da sua política, tornando impossível qualquer conversação séria |
9 | Convite do Governo português ao secretário-geral da ONU, U'Thant, para visitar Angola e Moçambique |
11 | Resolução do Conselho de Segurança da ONU, a confirmar o conceito de autodeterminação da Declaração Anticolonialista e a deplorar a inobservância da resolução de 31 de Julho de 1963 |
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CRONOLOGIA DA GUERRA NO ULTRAMAR - DE 1961 A 1974
A ver também:
- 1. Do colonialismo republicano ao anti-colonialismo socialista..A mudança de atitude em relação ás colónias, em Portugal e no Mundo.
- 2. O fardo do homem branco, o suplício do homem negro.A ideia da missão civilizadora da Europa, como justificação da corrida à ocupação efectiva do continente africano.
© Manuel Amaral 2000-2010
Janeiro
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18 | Debate pelo Governo português de um projecto de Lei Orgânica do Ultramar. |
23 | Início da luta armada na Guiné, com um ataque ao quartel de Tite pelo PAIGC. |
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Fevereiro
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| Expulsão dos portugueses residentes na Serra Leoa e proibição de importação de mercadorias portuguesas, por causa da política colonial de Portugal |
| Organização, pelo Comité Político da FLN da Argélia, do Dia de Angola, como apoio à independência |
4 | Início da 3.ª Conferência de Solidariedade Afro‑Asiática na Tanganica, presidida por Julius Nyerere, em que foi pedido o boicote económico e diplomático contra Portugal |
21
| Encontro de Salazar com dois enviados do presidente Youlou, do Congo-Brazzaville, que se propõe mediar uma solução para o problema angolano |
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Março
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| Captura, por guerrilheiros do PAIGC, dos navios Mirandela e Arouca perto de Cacine, que mais tarde utilizou para transporte de pessoal e material na Guiné-Conacri |
| Reuniões da Comissão de Descolonização da ONU, atribuindo prioridade aos territórios sob administração portuguesa |
| Deserção do piloto militar português Jacinto Veloso, que aterrou com o seu avião na Tanzânia |
1 | Publicação de um conjunto de decretos com vista à formação de um mercado único português |
10 | Declaração de Amílcar Cabral em Paris sobre a disponibilidade de o PAIGC suspender a luta, se Portugal quisesse solucionar pacificamente o problema colonial |
13 | Contestação do Governo português à competência da Comissão de Descolonização da ONU para decidir sobre os territórios ultramarinos de Portugal |
15 |
Comemoração, pela UPA, em Leopoldville, do segundo aniversário do início das hostilidades em Angola, com a presença do primeiro‑ministro congolês
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| Aníbal São José Lopes assume a direcção da PIDE em Angola |
21 |
Demissão de dez oficiais, em consequência dos acontecimentos da Índia
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Abril
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| Atribuição, a vários militares, do Prémio Governador‑Geral, instituído pela TAP, pelas acções valorosas em defesa de Angola |
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Tentativa, por parte do MPLA, de reactivar a acção da ATCAR, Associação dos Quiocos do Congo, Angola e Rodésia
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3 | Anúncio, por Franco Nogueira, da intenção de negociar um pacto de não‑agressão com os países limítrofes de Angola e outros países africanos |
9 | Comunicado oficial do Governo do Senegal sobre o bombardeamento efectuado por quatro aviões portugueses a uma aldeia fronteiriça, sendo o assunto comunicado ao Conselho de Segurança da ONU |
11 | Publicação da Encíclica Pacem in Terris do Papa João XXIII com referência explícita à independência de todos os povos |
20 | Reunião Internacional da Juventude em Argel, com a presença de representantes de Angola |
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Maio
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| Entrevista de Mário de Andrade, do MPLA, ao jornal Le Monde, em que afirma ser indispensável e decisivo o isolamento total de Portugal |
| François Mendy, presidente da Frente de Luta pela Independência da Guiné (FLING), preconiza uma conferência para o reagrupamento de todos os movimentos nacionalistas das colónias portuguesas 1963.05 Comandante Vasco Rodrigues, governador?geral da Guiné |
| Conferência entre Peterson, representante da UPA, e o presidente Kaunda em Elisabeteville sobre a possibilidade de a UFA utilizar o território da Rodésia do Norte (actual Zâmbia) como base |
| Nomeação de João Eduardo como representante permanente do MPLA em Argel |
| Tentativa de desmantelamento por parte das autoridades portuguesas de uma organização da Frelimo no Norte de Moçambique |
| Reunião do Comité Executivo da União Internacional dos Estudantes (UIE) em Argel, em que é apresentado um relatório sobre a situação em Angola |
25 | Fundação da Organização de Unidade Africana (OUA) pelos chefes de 30 Estados independentes de África reunidos em Adis Abeba |
28 | Anúncio, pela NATO, da instalação em Portugal da base de comando da Zona IberoAtlântica |
29 | Recepção de Franco Nogueira por Kennedy e Dean Rusk |
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Junho
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| Corte de relações diplomáticas da República Árabe Unida com Portugal devido à política colonial portuguesa |
| Assalto à sede do MPLA, em Leopoldville, pela polícia congolesa, que prende Agostinho Neto e Lúcio Lara |
7 | Declaração do secretário de Estado para os Assuntos Africanos dos Estados Unidos, segundo a qual os interesses estratégicos dos EUA exigem a continuação da cooperação com Portugal |
10 | Fundação, pelo MPLA, da Frente Democrática de Libertação de Angola (FDLA) |
| Primeira cerimónia do Dia da Raça realizada no Terreiro do Paço, em Lisboa, de homenagem às Forças Armadas |
30 | Passagem das acções do PAIGC para norte do rio Geba |
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Julho
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| Declarações do abade Youlou, presidente do CongoBrazaville, em Paris, sobre conversações acerca da efectivação de eleições em Angola, solução contestada pela FNLA |
| Criação em Leopoldville da Frente Democrática para a Libertação de Angola, sob a presidência de Agostinho Neto, constituída pelo MPLA e outros pequenos partidos 1963.07 Reconhecimento exclusivo do GRAE e da FNLA, chefiados por Holden Roberto, pelo Governo do Congo‑Leopoldville (República Democrática do Congo) com reacções negativas de alguns países africanos |
| Decisão da Libéria de expulsar portugueses residentes no seu território, com excepção dos que solicitarem estatuto de refugiados |
| Corte de relações diplomáticas do Senegal com Portugal, com proibição de circulação de pessoas e mercadorias na fronteira com a Guiné |
| Notícia do Le Monde sobre um contacto de Benjamim Pinto Buli, secretáriogeral da União dos Naturais da Guiné (UNGP) com as autoridades portuguesas para a criação de um regime de autonomia interna |
| Utilização, pelo PAIGC, da primeira mina anticarro, na estrada Fulacunda-São João |
1 | Debate, em Brazzaville, entre os movimentos nacionalistas angolanos no sentido da formação de um Comité de Coordenação |
| Início da Conferência Internacional de Instrução Pública, em Genebra, em que é aprovada uma moção que pede a exclusão de Portugal por causa da sua política colonial |
10 | Início dos trabalhos de uma comissão de boa vontade nomeada pelo Comité de Libertação Africano no sentido de tentar unir os esforços dos movimentos de libertação angolanos |
13 | Reconhecimento do GRAE pelo Comité de Libertação da OUA (Organização de Unidade Africana) |
| Início da visita a Leopoldville de uma missão da OUA, que recomenda aos países africanos o reconhecimento do GRAE e o apoio à FNLA |
16 | Encontro de Salazar com Benjamim Pinto Buli, dirigente de uma das facções da FLING |
22 | Crítica de Mário de Andrade à formação da Frente Democrática de Libertação de Angola pelo MPLA |
24 | Encontro entre o presidente do Congo-Brazzaville, Youlou, e o embaixador português em Paris sobre um programa para a realização de eleições em Angola |
27 | Exclusão de Portugal da Comissão Económica para África (CEA), organismo da ONU |
31 | Oposição dos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha, no Conselho de Segurança da ONU, à aplicação de sanções contra Portugal |
| Resolução do Conselho de Segurança da ONU que rejeita o conceito português de «províncias ultramarinas», decidindo que a situação perturbava seriamente a paz e a segurança em África, apelando a Portugal para reconhecer o direito de autodeterminação e independência |
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Agosto
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| Congresso dos partidos nacionalistas de Cabinda em Ponta Negra, com a presença do presidente Youlou, do Congo-Brazza, onde se formou a Frente de Libertação de Cabinda |
| Carta de Salazar ao primeiro-ministro sul-africano pedindo cooperação e lembrando que «estamos quase sós em África», explicando que ou o bastião português resistia ou a guerra atingiria a África do Sul |
| Reconhecimento do GRAE de Holden Roberto pela Tunísia, Argélia e Marrocos |
| Convite de Portugal ao secretário-geral da ONU para visitar Lisboa, a fim de tratar das questões da política portuguesa em África |
| Concessão, pelo Governo português, à Pan American International Oil Corporation, da prospecção de petróleo em Moçambique |
10 | Crítica do marechal Craveiro Lopes a alguns aspectos da política ultramarina |
12 | Discurso de Salazar sobre o problema do ultramar, que teve grandes repercussões internacionais e levou os nacionalistas a reafirmarem a continuação da luta |
23 | Interdição do espaço aéreo do Senegal a aviões procedentes ou destinados a Portugal e à África do Sul |
| Cerimónia de apoio dos generais e oficiais superiores a Salazar e à política ultramarina |
27 | Manifestação nacional no Terreiro do Paço, em Lisboa, de apoio à política ultramarina do Governo, que serviu de base à legitimidade da política de defesa ultramarina do Governo português |
29 | Início das conversações de George Ball, representante americano, com Franco Nogueira e Salazar, em Lisboa, em que se evidenciam as divergências relativamente aos conceitos de autodeterminação e do factor tempo no problema africano |
30 | Encontro de George Bali, subsecretário de Estado americano, com Salazar, sendo debatida a atitude americana face à política colonial e a presença dos EUA nos Açores |
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Setembro
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| Reconhecimento do GRAE de Holden Roberto pelo Senegal |
| Conferência de imprensa, no Rio de Janeiro, de Jorge Goinola, representante do GRAE, acompanhado de Humberto Delgado |
| Utilização pela FNLA, na região de Noqui, Norte de Angola, de minas AC MK7 e granadas de mão Societa Romana |
| Conflito entre a FNLA e a FNLEC por causa de declarações sobre o enclave de Cabinda |
| Condenação, pelo VIII Congresso Internacional Socialista, dos países que persistem em oprimir os povos coloniais, como Portugal 1963.09.16 Início de uma visita de Américo Tomás a Angola |
23 | Chegada do ministro da Defesa, general Gomes de Araújo, a Moçambique para uma visita ao território |
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Outubro
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| Utilização pelos nacionalistas de Angola do seguinte armamento: granadas de morteiro 60, LG anticarro AC-P27(checo), LG RPG2 (russo), canhão sem recuo 57 (chinês) e canhão sem recuo 75 (chinês) |
| Realização da XVIII Assembleia Geral da ONU, em que os países afro-asiáticos atacam a política colonial portuguesa |
| Realização de conversações entre representantes portugueses e africanos, promovidas por U'Thant, secretário-geral da ONU, que virá a apresentar um relatório ao Conselho de Segurança sobre estas conversações |
| Anúncio, em Leopoldville, do recomeço da ofensiva no interior de Angola por parte do Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA), da FNLA |
3 | Posse, em Bissau, do novo secretário-geral da província da Guiné, James Pinto Buli |
4 | Conferência de imprensa do Quartel-General de Luanda para comunicação da situação militar em Angola |
16 | Início de conversações entre Portugal e alguns países africanos, sob a égide da ONU, que incidiram, sem acordo, no sentido e no alcance do conceito de autodeterminação |
17 | Decisão do Governo português de considerar os crimes previstos na legislação militar, como cometidos em tempo de guerra |
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Novembro
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| Reorganização do MPLA, com ligação ao Corpo Voluntário Angolano de Auxílio aos Refugiados (CVAAR) e da União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA) |
2 | Encerramento da sede do MPLA em Leopoldville e proibição da actividade do movimento no Congo |
7 | Recepção de Franco Nogueira por Kennedy |
8 | Debate na Comissão de Curadorias da ONU, sendo pedido ao Conselho de Segurança que se ocupe com urgência da situação nos territórios portugueses |
22 | Assassínio do presidente Kennedy, nos Estados Unidos da América |
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Dezembro
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| Primeiras actividades operacionais na Zona Militar Leste, em Angola |
| Intervenção de Henrique Galvão na ONU sobre a «questão ultramarina portuguesa» |
3 | Resolução da Assembleia Geral da ONU, a solicitar ao Conselho de Segurança a adopção das medidas necessárias à execução das suas resoluções relativas aos territórios sob administração portuguesa |
6 | Declaração pública dos Estados africanos participantes nas conversações com Portugal, em que se lamenta o facto de não ter modificado minimamente os princípios fundamentais da sua política, tornando impossível qualquer conversação séria |
9 | Convite do Governo português ao secretário-geral da ONU, U'Thant, para visitar Angola e Moçambique |
11 | Resolução do Conselho de Segurança da ONU, a confirmar o conceito de autodeterminação da Declaração Anticolonialista e a deplorar a inobservância da resolução de 31 de Julho de 1963 |
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