domingo, 10 de agosto de 2014

Abranches da Câmara (D. Álvaro).

Abranches da Câmara (D. Álvaro). 
n.
f.     1660.

Comendador da Castanheira, na Ordem de Cristo, e morgado de Abranches Almada. 
Foi um dos homens mais importantes da sua época, que mais serviços prestaram ao seu país, e um dos bravos portugueses, que em 1625, cercaram e tomaram a cidade da Baía, aos holandeses. Contribuiu muito para a aclamação de D. João IV, em 1640, sendo o primeiro que arvorou em Lisboa a bandeira da independência nacional, assenhoreando-se do castelo de S. Jorge, soltando Matias de Albuquerque e Rodrigo Botelho, conselheiros de fazenda, que estavam ali presos pelos dominadores castelhanos. Depois da restauração, foi nomeado governador das armas na Beira, mestre de campo general na Estremadura, e conselheiro de estado. Na província da Beira praticou acções de valor, e entrando em Castela, saqueou e incendiou algumas vilas espanholas. 


Abranches Bizarro (Clemente Joaquim). 
n.
f.

Cirurgião, aprovado pela antiga Escola Cirúrgica do Hospital de S. José de Lisboa, concluindo o curso em 1828. 
Exerceu a clínica durante alguns anos em Lisboa, sendo depois nomeado para serviço próprio da sua profissão, para o Ultramar, onde morreu. Desconhece-se a data do falecimento assim como a do nascimento. 
Escreveu: 
Dissertação sobre o uso das suturas nas abdominaes, apresentada ao Corpo cathedratico da R. Escola de Cirurgia de Lisboa, Lisboa, 1828: Estudo primeiro sobre a doença Trisplanchnasthenia (cólera morbus) feito recentemente no hospital de S. José, Lisboa, 1833. 0 Dr. Lima Leitão, no seuFragmento da Historia da invasão do Cholera em Portugal, 1833, fala muito lisonjeiramente acerca deste trabalho; Mappa e breve opusculo do primeiro anno no hospital das Casas d'Azylo, no hospicio das Filhas da Charidade.Lisboa, 1837; A Consciencia duma creança, Lisboa, 1837. No tomo III doJornal da Sociedade das Sciencias Medicas de Lisboa vêm publicados alguns artigos seus.



Abrantes (D. Ana Catarina Henriqueta de Lorena, duquesa de).
n.    [ 3 de Setembro de 1691 ).
f.     [ Junho de 1761 ].

Era filha do 1.º marquês de Abrantes e de D. Isabel de Lorena, filha de D. Nuno Alvares Pereira de Mello, 1.º duque de Cadaval, 4.º marquês de Ferreira e 5.º conde de Tentúgal; D. Ana casou com seu tio, D. Rodrigo de Melo, irmão de sua mãe. Tendo enviuvado, foi feita camareira‑mor da rainha D. Mariana Vitória, mulher do rei D. José I, e em 4 de Dezembro de 1753, o soberano a agraciou com o título de duquesa de Abrantes.



 Abrantes (Frei António Baptista, ou Frei António do Rosário Baptista).
n.    25 de Dezembro de 1737.
f.     Janeiro de 1813.

Franciscano da Ordem Terceira, n. em Abrantes, em 25 de Dezembro de 1737; embarcou para o Brasil em 1807, com a família real, e morreu no Rio de Janeiro em 1813. Era professor de árabe, que aprendera com o Marenita Dr. Paulo Hodar, definidor geral. Foi capelão da armada e confessor da princesa do Brasil, D. Carlota Joaquina. Escreveu: Instituições da lingua arabiga para uso das escholas da Congregação da Terceira Ordem, Lisboa, 1774.



 Abrantes (Frei Cristóvão de).
n.    
f.     5 de Abril de 1574.

N. na vila deste nome, foi franciscano, capucho, e depois provincial do convento da Piedade; segundo afirmam Frei Manuel de Monforte e Diogo Barbosa Machado, autoridades em que se baseia Inocêncio, traduziu osExercicios espirituaes e divinos compostos por Nicolau Eschio, trasladados do latim em romance portuguez. Na tradução impressa em Évora, em 1554 por André de Burgos, diz-se que foi feita por um frade menor do convento da Piedade. Frei Cristóvão Abrantes faleceu em 5 de Abril de 1574.


Abrantes (D. José Maria da Piedade de Lencastre Silveira Castelo Branco de Almeida Sá e Menezes, 4.º marquês de).
n.    7 de Fevereiro de 1784.
f.     [ 11 de Fevereiro de ] 1827.

Era filho do 3.º marquês de Abrantes, D. Pedro de Lencastre; 
n. em 7 de Fevereiro de 1784, f. em Londres em 1827. 

Acompanhou o pai na comissão portuguesa que foi a França, onde esteve também prisioneiro. Partidário e último valido do infante D. Miguel atribuiu-se-lhe a responsabilidade no assassinato do marquês de Loulé, em 1824, sendo auxiliado pelo seu sota Leonardo; o marquês, para evitar ser preso, fugiu para Itália; em 1826, julgando estar incluído na amnistia promulgada por D. Pedro, voltou a Lisboa, porém o ministério nem o deixou desembarcar, fugindo então o marquês para Londres, onde morreu em 1827, como acima dissemos. Suspeita-se que foi envenenado. 
Havia casado em 1806, com D. Helena de Vasconcelos, filha dos marqueses de Castelo Melhor.


Abrantes (D. Lopo de Almeida, 1.º conde de).
n.    
f.     13 de Maio de 1508.


Titulo concedido por D. Afonso V, em 1472; foi alcaide mar de Punhete, hoje Constância, do conselho de estado, e exerceu diversos cargos importantes na corte durante esse reinado. 
Era filho de D. Diogo Fernandes de Almeida, alcaide-mor de Abrantes, e teve por filhos: D. Francisco de Almeida, 1.º vice-rei das Índias, D. João de Almeida, 2.º conde de Abrantes, e D. Diogo Fernandes de Almeida, 6.º prior do Crato, monteiro­-mor do rei D. João II e alcaide-mor de Torres Novas. Em 1451, D. Lopo de Almeida acompanhou à Alemanha a infanta D. Leonor, que foi desposar o imperador Maximiliano. Conta a sua viagem em varias cartas, que estão publicadas nas Provas da Historia Genealógica da Casa Real Portuguesa, do padre António Caetano de Sousa. Casou com D. Brites da Silva, dama da rainha D. Leonor, mulher de D. Duarte, e camareira-mor da rainha D. Isabel. Morreu em Almeirim, a 13 de Maio de 1508. 


Abrantes (Padre Manuel de).
n.    
f.     10 de Janeiro de 1717.


Nat. de Manteigas, foi professor público em Lisboa, doméstico do cardeal da Cunha e cónego na colegiada de Santarém. Era poeta latino muito distinto, e escreveu nesta língua alguns epigramas que se publicaram em 1615. 
Escreveu: 
Epigrammata sacra per singulos ann dies, Juxta ordinem Breviari Romani incipienta a nativitate Domini nostri Jesu Christi, cui opusculum consecratur. Accesserunt epigrammata ad Sanctos Lusitanos ad Passionem Domini, et una pia etiam elegia, e Cunebat Emmanuel d'Abrantes, sacerdos Lusitanus,Ulisipone, 1685. 

Faleceu em 10 de Janeiro de 1717.





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